quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Nem todos abandonaram Serra. Gilmar ficou

Brizola Neto

A sessão de hoje do Supremo Tribunal Federal será marcada por um enorme constrangimento. Já estava evidente, pelo placar de 7 a 0 em favor da desnecessidade da apresentação de dois documentos na hora do voto que a questão era juridicamente clara.
Já foi  miúdo – embora regimental – o pedido de vistas pelo Ministro Gilmar Mendes, apenas para protelar uma questão sem grande complexidade e  já resolvida pelos demais juízes.
Agora, porém, com a revelação da repórter Cátia Seabra de que esse gesto veio depois de um telefonema de José Serra, Mendes está numa situação vexatória.
É sabido, há dias, que o serrismo apostava numa alta abstenção e que, nela, se incluiriam aqueles que, desinformados, não levassem o documento com foto e o título para votar, exigência da nova lei, em relação à qual eu e muitos deputados “dormimos no ponto” e deixamos passar.
O STF vai corrigir esta distorção da lei, que poderia privar centenas de milhares de brasileiros, em especial os mais humildes, do direito de voto.
Parece que incorrigíveis, mesmo, só as atitudes do ministro Gilmar Mendes e de José Serra

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